Um elo para o futuro

28 de junho de 2011




Três anos de blog.


Neste dia 28 de junho completo três anos escrevendo no blog. É importante eu falar isso aqui, porque o blog Elos no horizonte se tornou mais que um refúgio da alma, mas um espaço em que pude propiciar o despertar dos melhores aspectos do meu coração. Um lugar em que os meus sentimentos são pincelados com um amor que tenta me tornar mais bonito e melhor a cada dia. Porque as palavras são compostas por esta ordem máxima que há em mim. E o blog tem se tornado um elo importante para o meu amadurecer, um caminho primordial para meu engrandecimento. Por isso que de tanto falar do ontem, e de como foi criar o blog ou o porquê e o quão foi importante, hoje quero pousar minhas reflexões no amanhã.

Pra começar o amor me comanda de uma forma intensa, porém serena e tranquila. E escrever neste blog me concede asas para voar com saúde, me renova e planta sementes de aprendizado na terra fértil do meu espírito. Eu rego estas bênçãos com a força do meu acreditar, com a solidez da minha esperança e do meu querer e do meu tão precioso sonhar. A minha vontade, unida com a força do meu caráter e da minha personalidade se tornam fatores fundamentais para que eu, no futuro, colha muitos frutos benignos e, portanto, facilite meu melhor discernimento e crescimento como ser humano.

Aqui encontro um porto seguro, sim, mas é mais que isso. Eu propicio o despertar de muitos sentimentos. Não apenas nutro um dos meus mais queridos dons, mas alimento meu coração com a beleza dos encantos, com a satisfação do sonhar, com a ternura infinda do sentir e as virtudes do amar. E tudo isto é enlaçado com o meu carinho peculiar, com o meu jeito único de ser. O blog Elos tem sido uma importante ponte para meu crescimento interior. Ele consegue entrelaçar todos os meus sonhos de uma maneira muito especial, orientando-me com sutileza e sensibilidade nas trilhas da vida. E permito-me assim, descobrir o melhor de mim, de verdade.

Agora é o momento de sonhar por mais, e caminhar em busca de alternativas e mais quereres. Quero mais motivos para firmar o sentir, para fincar meu amor cristalino com mais eloquência nas letras, e construir na alma um ser mais centrado, mais sutil, sensível, amoroso, mais doce e sereno. A vontade é o ponto de partida. E este blog tem sido o propulsor, o elemento capaz de me colocar nos trilhos. O Elos no horizonte tem equilibrado minhas sensações, moderado minhas atitudes, silenciado minhas dores mais profundas, agigantado meus sonhos mais ternos e evidenciado minhas belezas ocultas. É um refúgio que lapida minha maneira de ser, de viver e pensar.

Hoje eu completo três anos com o blog. Três anos que significaram o enlace de muita ternura, sentimento, reflexão e aprendizado. Porém hoje, deixo de lado o que significou o ontem para focar no que posso encontrar amanhã. O blog é apenas uma porta para o futuro. E ela está aberta me mostrando o mundo além dela. É o convite que me instiga a caçar pela felicidade, pelo meu bem estar, por uma intermitente sensação de alegria e prazer. É como um passaporte para eu encontrar o amadurecimento, um melhor discernimento espiritual e a concretização dos sonhos que tanto cultivo em mim. O blog é o meu mais importante elo. Um elo para o futuro. E traçarei aqui, dia após dia, o caminho para a minha felicidade, para o meu melhor ser humano. Sem pressa e sem estresse. Por muitos anos. Ainda.





Aspas do Autor: Três anos de Elos realmente foram enriquecedores. E aqui encontrei enfim minha razão. Diferentemente do blog antigo. O Elos renova a minha alma sempre que eu preciso. É espantoso como aqui me sinto bem, e como a minha alma se confidencia e o meu coração dialoga. Não abandono mais aqui. A escrita é uma parte de mim. Do alicerce que me sustenta.

Sonífero

18 de junho de 2011



É difícil talvez mostrar aquele meio sorriso que amarga o rosto e nos abraçarmos aos poucos nos mistérios que cercam as nossas percepções. Severamente somos embriagados por esta sensação incapacitante, que nos empurra a criar coberturas e defesas que nos permitem ficar aparentemente a salvos. Dançamos inutilmente numa ilusão que nos encharca com sonhos inalcançáveis e efêmeros a ponto de nos entrelaçarmos nas questões que coordenam nossos passos. Tudo ao redor tem uma fragrância que nos tonteia. Esta anormalidade desacata nossas principais aspirações. Porque quando estamos à deriva, tudo na vida parece nos embalar numa melodia bonita, capaz de nos deixar anestesiados.

É precioso viver. Mas as vontades, em determinados momentos, simplesmente esmorecem ante a cinza que flutua no ar. Não há nada mais que possamos enxergar que nos tire este sono que aplaca a alma. A crueldade das circunstâncias, ou mesmo da fase da qual somos, por muitas vezes obrigados a viver – embora sejam necessárias – nada mais se tornam além do que um inconveniente sonífero. A tristeza que assola o peito é uma força que nos abate de tal maneira que ela confunde os direcionamentos que a alma continha. É uma canção de ninar, que nos coloca em repouso, meio que nos deixando indiferentes à vida que vive tão perto de nós. É senso comum que seja algo natural, um elemento que esteja dentro do plano em viver. Algo que nos instiga a vasculhar os antídotos obscuros nas entrelinhas do viver.

Seria improvável, que diante de tanta beleza, ficaríamos sentidos a adormecer. Mas a vontade, quando anulada, nos faz descobrir as trilhas mais perigosas presentes na dor. E a tristeza é essência que nos coloca em estado de suspensão. É um sonífero mortal, capaz de nos colocar num êxtase interminável, num sono eterno, repleto de dor. O que causa isso talvez seja o cansaço de ver a vida se destruindo, ou o tédio preenchendo. Muitas vezes somos destinados a presenciar momentos que não desejamos, que se precipitam sem que elas façam parte do que verdadeiramente queremos. Muitas chagas são capazes de tirar o frescor em existir, que é um ingrediente primordial para dar a vida um colorido. E nem somos tão preparados para poder perceber.

Existem muitas armadilhas que borrifam este aroma venenoso, este perfume que nos paralisa, portanto é preciso cautela para não cair num abismo em que nos deixa distantes de nós mesmos, como que embalados por um sono perigoso. Hoje em dia, diante do que tanto acontece, é difícil não tombarmos diante de uma profunda mágoa. E quando nos sujeitamos, e nos deixamos ser atingidos por ela, tudo que surge na nossa frente parece nos aniquilar totalmente, extinguindo nossa capacidade de persistir e acreditar. 

Tudo parece não ter cor. Nada em que pensamos fazer parece interessante. As vontades já não são as mesmas, e as mesmas carecem de vida. O pior é quando nos deixamos embriagar por este sonífero mortal, esta indiferença, esta dor que aplaca o caminhar das pernas. A tristeza sempre será um veneno, algo que nos mata minuto a minuto. Só nos resta superar este sono diante da vida, para que possamos então vislumbrar a luz, a luz que abre os nossos olhos. Porque a tristeza é inevitável, mas ela só se torna permanente se aceitarmos. Que esta busca tenha sempre sucesso. E querer levantar é fundamental.





Aspas do Autor: Há um bom tempo em que não ando bem. Tudo me dá sono. A vontade parece anulada por esta dor. Espero tão logo sair dessa. Meu carinho a todos.

Coração mudo

11 de junho de 2011



Hoje o meu coração não quer falar. E este vazio me incomoda um pouco. Não me falta inspiração, porém o que sobra é distância entre ela e eu. E isto é que faz as palavras ficarem falhas. Ando distante do essencial a mim, dos elementos que mais me importam, daquele sabor que me alimenta, daquele sonho que eu amo. Mas não é algo que eu queira, mas um desígnio fora do meu alcance. É uma condição que vai além da minha capacidade de mudar. Talvez seja este cansaço que tenha emudecido um pouco o que grita em mim. Uma hora enfraquecemos, é uma causa natural.

Meu coração continua batendo firme e intensamente; os desejos e os anseios continuam tão fortes quanto antes. O sentimento cativo ainda orienta suas pegadas, e ele ainda bombeia muito amor dentro da alma. Existem muitos encantos a ser dito e expressado, porém ele não consegue gritar. Está abafado por uma cortina invisível, um véu que oculta sua melodia, sua beleza. Eu, apenas um interlocutor, sofro por esta condição. É tanto querer, sem poder realmente dizer e expressar. É tanto amor, e não conseguir desanuviar um pouco este gostar.

Tenho tanto para falar aqui, mas hoje não consigo. Tenho inúmeras belezas a serem afloradas, mas estou impossibilitado. Sinto-me de mãos atadas. Minha escrita está, hoje, sentindo falta de algo. Não há completude no seu sentir. Carece de uma fonte, de um tesouro para poder despertar a magia do gostar nas suas letras. Minhas letras. Estou batendo à porta do coração todos os dias, mas me vejo diante de uma porta trancada. Aquela salinha onde encontro as palavras mais lindas está fechada. E a chave eu não tenho. Estou incapaz dentro de mim mesmo. E dói não ter esta capacidade.

Talvez a chave seja a coragem que tanto me falta. Atitudes são elementos que destrancam os territórios sitiados na alma. E me falta o agir, talvez aquele primeiro passo, para então descobri novos mundos. Falta-me esta verdade que tanto escrevo, mas não consigo, por fraqueza, colocar em prática. Amo. Muito. E ainda assim não sei bem para onde vou. Mas não é a rota que me preocupa, e sim, o que e quem me fará ter esta vontade novamente acendida. Estou estático em minhas reflexões. Mas preciso esclarecer. Continuo seguindo a vida, e evoluindo muitos caminhos dentro de mim, mas ainda estou parado na via do amor.

A vontade às vezes me afoga, mas o que me mata mesmo é a inoperância diante de uma possibilidade. É ruim sentir-se derrotado sem nem mesmo ir à luta. O que dificulta é que não consigo vencer nem a luta que existe dentro de mim. Esta que causa um embate entre a vontade e o medo. E o medo sempre sai vencedor. E fico ali diante de uma porta, vendo-a se fechar, ou então parado em frente a uma janela, visualizando o mundo em que posso voar. Lágrimas apenas comprovam minha dor. E se eu não ganhar esta luta dentro de mim, jamais serei capaz de arriscar as lutas que existe ao meu redor. Algo está errado demais. E preciso ponderar meu comportamento, além de encontrar um meio para poder avançar.

Quero chegar num momento em que eu possa dar aquele passo e consiga ter duas opções. Enquanto eu arrisco a derrota pode até ser uma certeza inicialmente, mas a vitória pode ser conquistada, porque estará ao meu alcance, e buscarei. Se eu não arrisco, a derrota é a única opção. Desta forma, o coração está me ensinando, mesmo sem realmente falar nas palavras. Apenas o seu silêncio me faz enxergar os pontos necessários para despertá-lo novamente ao paraíso do meu sentir. E só assim sentirei o amor nas palavras fluindo naturalmente, sem serem forçadas. Será o momento em que expressarei o amor quando nem mesmo eu imaginar e notar. Será fluido e instantâneo. Quando o coração está aberto, ele é assim, escreve com um encanto que às vezes me assusta. Mas fechado, não consigo encontrar as palavras que descreve o que me encanta e amo.

O meu coração anda mudo. Na verdade ele está desafiando-me. Um desafio que eu agora, preciso enfrentar, para vê-lo novamente falando por mim. Preciso agir para encontrar a chave que liberte sua voz. Hoje o meu mais bonito elo está desenlaçado. No horizonte estão soltos e desencontrados. Hoje escrevo apenas com a emoção, porque o coração, este não fala mais. Por enquanto.





Aspas do Autor: Bem, meu coração anda inacessível. Ele já não fala como antes. E isto dói. Bem, espero encontrar uma solução para libertá-lo novamente. A primeira delas é atitude. É melhor perder tentando do que perder sem tentar. Preciso aprender isso. Preciso aprender a libertar meus passos e tornar mais espontânea minhas escolhas, sem que elas esbarrem em obstáculos bobos, que me impeçam de sentir coisas novas.

Sem

4 de junho de 2011




Sem você não tenho mais o que fazer
Não me resta mais vontade em ser
É como respirar a ausência do prazer
E tudo porque só sei gostar de você

Sem você não há mais o que sentir
Não há mais segredos a descobrir
E o coração nem mesmo consegue sorrir
Todo o amor que tenho pra exprimir

Sem você não sou mais eu
Só sei ver na minha frente um imenso breu
Escondendo o sentimento que sempre foi meu
Um amor que sempre será teu

Sem você não há mais razão
Não há motivos para eu ter emoção
Amar-te é o que faz criar o meu chão
É o que faz pulsar o meu coração.

-
Para alguém especial.





Aspas do Autor: O título do poema é Sem, e esta é a postagem de número cem (100). Como vocês podem ver fiz um leve jogo de palavras com o título (risos). São cem postagens feitos com o amor característico que há em mim. Cem textos sem ela (em presença física). E vocês não sabem como é difícil mesmo assim exprimir o encanto em mim nas palavras deixadas aqui. No mais outro mês começou. E, portanto, quero aqui recomendar um blog que tenho no meu coração. A dona dele tem amor transbordando, tem sensibilidade, doçura e muita beleza. As palavras são sentimentos puros. Esta de quem falo é a Cáh, do blog "A sombra do Mar". Uma pessoa que gosto muito. Vale muito a pena lê-la. É como se afogar na mansidão de um carinho singelo e eterno. Não há coisa melhor. Uma ótima semana a todos.