Foto: Pierre |
Eu não permito que o avesso dos olhares me corrompa, nem que a beleza das cortinas me impeça de esperar pelo espetáculo. Sou afeito a delicadezas, afoito em querer decifrar as pistas por trás dos sorrisos, de todos os carinhos silenciosos. Não permito que o torto desvirtue meu caminho. Faço a curva, mas não descarrilho da trilha pela qual a fé me move. Mudo de frequência, mas a essência que suscita o amor permanece inalterada. Sou verbo manejado pela crença da felicidade.
Não dou margem a perfeições, porque sou cobaia dos dias latentes, do mórbido que atinge o alicerce dos olhares, das esperanças inconclusivas. Sou experimento que se debruça nas distintas vivências, nos matizes destoantes que a vida me oferece, juntamente com seus desafios. Alio minhas vontades à determinação cega de ir em frente, sem pestanejar, sem hesitar na busca pelo o que acredito. Sigo em uma solitária andança, peregrinando pelo melhor, por respostas que contentam meu coração sedento.
Nada altera minha integridade, meu zelo pela clareza e espontaneidade. Deixo a sinceridade fluir, abrupta e sem filtro. Permito as palavras saírem em efeito aos sentimentos que almejam a vivacidade de dias tranquilos, de amores marcantes e amizades singulares. Ninguém destrói minhas fortalezas, as bases sólidas por onde meus pés caminham. Sou andarilho de minhas próprias fraquezas, mas um eterno aprendiz nas minhas raras virtudes. Cresço por intermédio de minha perseverança, e com a assistência de pessoas verdadeiras, sem desrespeitar o espaço do outro.
Vivo numa encruzilhada de dúvidas, e padeço em inúmeros pensamentos, embaçadas resoluções. Aprendo o humano de forma pausada, mas sigo em um ritmo pelo qual o mundo me deu e que atesta meus desejos com legitimidade. Sou sujeito de minha própria honradez, uma semente regada pelos princípios ensinados desde criança para mim. Sou peça de uma poesia esquecida, de um sentimento há muito esvanecido e que eu quero desvendar noutras paragens e [a]braços...
Aspas do Autor: Nada altera meus planos de buscar o melhor, de almejar sempre melhorar.
10 comentários:
Ótimo blog, Alexandre \o/
http://geekiebooks.wordpress.com/
Alexandre você escreve muito, muito bem. Seu texto flui de uma forma tão natural, chega a ser automático o passar de olhos pelas linhas que você desenha, sinceramente.
Que qualidade de escrita, que ótimo texto!
O mundo precisa de mais pessoas assim, convictas, centradas, de opiniões formadas... mas o que muitas delas fazem é venderem a integridade que as resta por causas menores.
Parabéns.
Ótima semana, beijos!!!
Tu és peça da poesia mais bonita, tão bonita quanto dias ensolarados e sorriso de criança, Tu tens o dom de apaziguar dores com tuas palavras.
Beijo
Texto forte.
Daqueles que você vai viver o dia normal e de repente, uma frase dele volta na sua cabeça.
Nada altera a minha integridade, idem. <3
Que belo texto. Reli duas vezes, algumas passagens me fizeram refletir.
Algo que não é muito raro quando leio seus textos.
Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Quanta humanidade na recusa de cada "não" colocado aí. Forte mesmo, Alexandre.
Um abraço de admiração!
Um texto alentador, que me revigorou nessa atual fase anuviada da minha vida e que, a despeito do infindável oceano de dúvidas que me corrói, lembrou-me de que a minha integridade é que mantém a minha sanidade e motivação para acreditar mais em mim mesmo. É como um código intrínsico de conduta que é mais forte do que qualquer coisa.
Ótimo reflexão Alexandre.
Gostei muito desse trecho "Não dou margem a perfeições, por que sou cobaia dos dias latentes..."
Aqui só pra agradecer seu elogio à minha parceria com o Vitor. rs
oi Alê,
Acho que eu fosse te descrever eu teria
muito do seu texto nas minhas linhas.
Conhecer o outro independe de ter o contato físico e sim
a percepção dos sentimentos, dos sonhos, das virtudes, e dos defeitos.
A integridade é imutável. Por isso não vejo muita surpresa no seu modo de ser
afinal o tempo me mostrou voce.
beijos.
Amodoro!
E vc vai me descrever quando?? hahahaah
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