Porque sempre existem ventos que sopram contra.
Você já parou pra notar? É impossível que não tenha tido essa sensação de esvaziamento. O aroma está impregnado no oxigênio que respiramos. Não lembramos exatamente o porquê dessa sensação tão vaga, desse obscuro repentino, mas ficamos com a cara boba tentando entender o que faz o ambiente se tornar tão inóspito. O ar cheira a nada. E o nada se finca. O essencial escapole. O coração se contrai. O medo se interna em nós.
Não é possível determinar exatamente o que é. Muito doloroso conceber o fato de algo sumir. O fraquejo não é físico, mas algo que vai além da nossa própria alma. Esse calafrio que permeia a pele não tem explicação, mas acontece porque estamos a perder alguns elementos intrínsecos. O que ocorre é um mínimo tremor, um sussurro praticamente inaudível e vago, mas o suficiente para ficarmos alertas. É uma dor invisível e silenciosa. Parece inofensiva, mas que na realidade tem um efeito brutal.
A vida está perdendo a sua essência, a luz já não tem o mesmo brilho de antes, o arco-íris perdeu um pouco da sua cor, a água não é tão límpida, nem o amor tem o mesmo sabor de antes. As rimas não parecem mais fazer sentido. Os sentimentos estão esquecidos, empoeirados e largados por vielas sujas, ambientes mundanos relegados por conta do descaso de desejos, sonhos ínfimos e incompletos. O que se sobressai não é mais que um acervo abandonado gritando através de folhas amareladas pelo tempo. Tudo ao redor pede socorro. Vagamos num mundo vago, onde as pessoas não se importam mais com as pessoas.
Há um engalfinhar de caminhos que cruelmente nos aprisiona e nos cega perante as escolhas das quais são necessárias. É difícil enxergar o que aparentemente nós mesmos tampamos. Tudo parece vago. As coisas ao redor estão ausentes. Os verdadeiros valores parecem cortinados pela nosso orgulho, nossa incapacidade de sermos fieis e honestos, leais e verdadeiros humanos conosco mesmos. Parece que destronamos o bem maior pelo bem menor, que é tudo o que se acentua pelos bolsos de nossos casacos pesados com nossos pecados.
Não se vê mais nada definido, nem nada inteiro. Ou talvez tudo esteja coberto pela iniquidade que praticamos contra tudo e todos ao redor. Nós, seres humanos, parecemos perdidos e entregues a uma brutalidade que só faz mal. A gente vê um espetáculo vazio, onde as cores se desbotam ao longo do tempo e as sensações vão se esvaindo e perdendo a essência. A energia da crença se esgota dia após dia. A esperança começa a desfalecer. A luz está falhando. As folhas se esfarelando. A textura das coisas está embaçada e a pele frágil. As peças estão se soltando. É como se tudo tivesse com a validade vencida e a garantia perdida.
O vento contra parece nossa falta de consideração, a nossa indiferença perante as coisas boas e reais. Não se tem mais cuidado com nada. O amor está em falta. Sentimentos autênticos são raros. Falta zelo, mas sobra descuido. Nem toda escolha é saudável. E às vezes não escolher fazer nada pode ser pior. É uma mera ilusão achar que se resolve ficar à margem e pensarmos que não temos responsabilidade. Não é mais sutil. É golpe com força lancinante, amparada por um escapismo infantil, tolo e acovardado.
A dor pode ser maior quando simplesmente ficamos indiferentes ou sumimos diante do encargo em viver e sentir. Onde está o respeito? Cadê os verdadeiros valores, a legítima preocupação? É muito fácil se extrair e fugir. É cômodo que as coisas se diluam sozinho. O tempo sempre se torna o bode expiatório. Mas não é a melhor maneira de tratar a epiderme vital do mundo. As coisas não estão bem. Estão por demais vagas. Tudo porque não curtimos mais a responsabilidade que inerentemente devemos ter com a vida, conosco e com todos. Paramos de regar a semente e ignoramos nosso dever, prejulgando que a própria semente é responsável pelo seu crescimento ou sua morte.
As coisas perecem. E pioram cada vez mais ao verem como cresce a nossa falta de humildade em às vezes reconhecer que podemos errar sim, que não somos perfeitos e não somos referências de conduta. Esquecemos as particularidades de tudo ao redor, da vida e das pessoas, e só focamos o que somos sem ouvir e dar valor ao outro lado e às diferenças. O mundo morre lentamente com o veneno que produzimos e nele injetamos. As essências vagam com as identidades roubadas, os elementos da vida somem e minuto a minuto se tornam mais elusivos e vagos, exatamente porque decidimos esquecê-las e feri-las com a nossa soberba...
Não é possível determinar exatamente o que é. Muito doloroso conceber o fato de algo sumir. O fraquejo não é físico, mas algo que vai além da nossa própria alma. Esse calafrio que permeia a pele não tem explicação, mas acontece porque estamos a perder alguns elementos intrínsecos. O que ocorre é um mínimo tremor, um sussurro praticamente inaudível e vago, mas o suficiente para ficarmos alertas. É uma dor invisível e silenciosa. Parece inofensiva, mas que na realidade tem um efeito brutal.
A vida está perdendo a sua essência, a luz já não tem o mesmo brilho de antes, o arco-íris perdeu um pouco da sua cor, a água não é tão límpida, nem o amor tem o mesmo sabor de antes. As rimas não parecem mais fazer sentido. Os sentimentos estão esquecidos, empoeirados e largados por vielas sujas, ambientes mundanos relegados por conta do descaso de desejos, sonhos ínfimos e incompletos. O que se sobressai não é mais que um acervo abandonado gritando através de folhas amareladas pelo tempo. Tudo ao redor pede socorro. Vagamos num mundo vago, onde as pessoas não se importam mais com as pessoas.
Há um engalfinhar de caminhos que cruelmente nos aprisiona e nos cega perante as escolhas das quais são necessárias. É difícil enxergar o que aparentemente nós mesmos tampamos. Tudo parece vago. As coisas ao redor estão ausentes. Os verdadeiros valores parecem cortinados pela nosso orgulho, nossa incapacidade de sermos fieis e honestos, leais e verdadeiros humanos conosco mesmos. Parece que destronamos o bem maior pelo bem menor, que é tudo o que se acentua pelos bolsos de nossos casacos pesados com nossos pecados.
Não se vê mais nada definido, nem nada inteiro. Ou talvez tudo esteja coberto pela iniquidade que praticamos contra tudo e todos ao redor. Nós, seres humanos, parecemos perdidos e entregues a uma brutalidade que só faz mal. A gente vê um espetáculo vazio, onde as cores se desbotam ao longo do tempo e as sensações vão se esvaindo e perdendo a essência. A energia da crença se esgota dia após dia. A esperança começa a desfalecer. A luz está falhando. As folhas se esfarelando. A textura das coisas está embaçada e a pele frágil. As peças estão se soltando. É como se tudo tivesse com a validade vencida e a garantia perdida.
O vento contra parece nossa falta de consideração, a nossa indiferença perante as coisas boas e reais. Não se tem mais cuidado com nada. O amor está em falta. Sentimentos autênticos são raros. Falta zelo, mas sobra descuido. Nem toda escolha é saudável. E às vezes não escolher fazer nada pode ser pior. É uma mera ilusão achar que se resolve ficar à margem e pensarmos que não temos responsabilidade. Não é mais sutil. É golpe com força lancinante, amparada por um escapismo infantil, tolo e acovardado.
A dor pode ser maior quando simplesmente ficamos indiferentes ou sumimos diante do encargo em viver e sentir. Onde está o respeito? Cadê os verdadeiros valores, a legítima preocupação? É muito fácil se extrair e fugir. É cômodo que as coisas se diluam sozinho. O tempo sempre se torna o bode expiatório. Mas não é a melhor maneira de tratar a epiderme vital do mundo. As coisas não estão bem. Estão por demais vagas. Tudo porque não curtimos mais a responsabilidade que inerentemente devemos ter com a vida, conosco e com todos. Paramos de regar a semente e ignoramos nosso dever, prejulgando que a própria semente é responsável pelo seu crescimento ou sua morte.
As coisas perecem. E pioram cada vez mais ao verem como cresce a nossa falta de humildade em às vezes reconhecer que podemos errar sim, que não somos perfeitos e não somos referências de conduta. Esquecemos as particularidades de tudo ao redor, da vida e das pessoas, e só focamos o que somos sem ouvir e dar valor ao outro lado e às diferenças. O mundo morre lentamente com o veneno que produzimos e nele injetamos. As essências vagam com as identidades roubadas, os elementos da vida somem e minuto a minuto se tornam mais elusivos e vagos, exatamente porque decidimos esquecê-las e feri-las com a nossa soberba...
Aspas do Autor: Será que realmente sabemos de nossas responsabilidades? Não sei... Nós parecemos preocupados conosco apenas e esquecemos que existem mil variáveis cercando nossa existência. Elementos tão essenciais para que a nossa vida não faleça. É preciso reconhecer o dever que temos para com o mundo e as pessoas que nos cercam. No mais, queria deixar de lado o texto e falar que no dia 28 de junho este blog completou quatro anos de existência. Quatro anos em que, com muito orgulho, posso afirmar que aprendi muito escrevendo tanto o doce quanto o amargo, tanto a tristeza quanto a alegria, tanto o encanto quanto o desamor. Entre mescla de sensações e enlaces de sentimentos, o legado mais importante que deixo em cada texto aqui é o meu sentimento, a minha autenticidade em dizer exatamente o que aponta no peito. Também não hei de esquecer as bonitas e tão importantes amizades nascidas por aqui. Ainda há muito pela frente. Meu carinho à todos...